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Você, vivente do século XXI, acredita em milagre?


Tantos foram os milagres acontecidos ao longo da história que se todos fossem catalogados dariam não só um livro com milhares de páginas, mas encontraríamos nele as mais fantásticas narrações tidas como milagres responsáveis pela elevação de muitas pessoas à categoria de santo. Sabemos que nós, seres humanos, temos uma forte tendência para explicar o inexplicável como sendo sobrenatural ou milagre. A própria igreja católica, que é a detentora de todos os santos e santas tem, hoje, muita resistência em aceitar com facilidade um "milagre". A razão para esse comportamento é mais do que compreensível, afinal a ciência desenvolveu-se a tal ponto que nem tudo o que aos olhos dos mais apressados aparenta ser milagre, não passa da manipulação de uma lei natural pouco ou totalmente desconhecida da maioria. Acrescente-se que, às vezes, as explicações científicas não são muito bem aceitas, pois o homem é, por natureza, um ser místico.

Já o espiritismo, que adota a racionalidade como base para os seus fundamentos, não admite brechas nas Leis Divinas pela pura e simples razão de que tudo, absolutamente tudo que acontece no Universo é regido por leis não somente perfeitas, mas imutáveis, queiramos ou não. Por esta simples razão conclui-se, pelo exercício da razão, que milagres são incompatíveis com essas mesmas leis, ao contrário das leis dos homens que são temporárias e sujeitas a parágrafos, adendos, versículos e revogações a qualquer tempo e por qualquer causa. Sendo assim, os ditos milagres nada mais são do que a manipulação de leis existentes, mas ainda desconhecidas. Quando falamos em milagres, quem primeiro vem a nossa mente é a figura do mestre Jesus. Foi ele quem mais se utilizou das leis existentes, mas desconhecidas do povo daquela época, para operar os chamados milagres, inclusive curas, tudo isso dada à sua incomensurável sabedoria e conhecimento das leis que regem o Universo.

Raciocinar logicamente em religião não é uma prática comum entre os povos. Muitas pessoas, porém, que se utilizaram dessa prerrogativa destituída de fanatismos para analisar as coisas chamadas sobrenaturais, perceberam por meio do estudo isento de tendências ideológicas que o "sobrenatural" não tem, absolutamente, nada de sobrenatural. À medida que o homem evolui espiritualmente, descobrirá novas leis até então desconhecidas da ciência que o farão não só achar hilariante algumas conclusões do seu passado, mas alterá-las, radicalmente, com o uso cada vez maior daquilo que mais o diferencia do resto da criação: a sua capacidade de pensar racionalmente. O grande Santo Agostinho, a propósito dos milagres, disse certa vez: "Os milagres não acontecem em contradição com a natureza, mas somente em contradição com aquilo que é por nós conhecido na natureza." Depois dessas palavras de Santo Agostinho, deixo a seguinte pergunta: você, vivente do século XXI, acredita em milagre?

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